Ladrões de Bicicleta

 

 Ladrões de bicicleta é um clássico do Neo-Realismo italiano com direção de Vittorio de Sica.

  O Neo-Realismo foi uma escola de cinema que surgiu após a segunda grande guerra, sendo que o tema da miséria e dos limites do homem estão presentes, outro ponto é a substituição de atores profissionais por amadores que vivem uma realidade próxima aos personagens e com isso conseguem uma interpretação muito autêntica.

  Este filme conta a história de Ricci, um desempregado que consegue um emprego de colar cartazes de cartazes, porém para o trabalho é exigido que se tenha uma bicicleta, já que será necessário andar por toda a cidade colando a cara de estrelas do cinema americano, para conseguir a bicicleta a esposa de Ricci, Maria, decide penhorar os lençóis da família, tudo corre bem até que no primeiro dia de trabalho a bicicleta é roubada, a partir daí a uma busca desesperado do herói atrás do seu instrumento de trabalho.

  O filme consegue contar essa história de maneira bem poética e é impossível não nos sensibilizarmos com o drama de Ricci, aliás Ricci é só mais um de um grande painel social que é muito bem desenhado ao longo do filme, a sensação de insatisfação social está presente e vemos aqui e ali comícios de trabalhadores, assistência social e outros indicadores sociais da miséria, como o mercado negro de bicicletas.

  Após mostrar a situação dos personagens, a película mostra um sentimento positivo, tudo é cheio de esperança em um mundo melhor, e a trilha sonora ajuda em muito pontuando o filme com toda a matiz emocional que o filme percorre.

  Outro destaque é o pequeno Bruno, de no máximo dez anos, ele é o filho mais velho do casal, o outro é um bebê, e está com o pai durante toda a busca.

  A busca pela bicicleta é a busca pela dignidade e nesta procura o homem chega até as últimas conseqüências e o sentimento de impotência e derrota é difícil de degustar.

  Enfim fica essa dica de um belo filme.

  Este artigo foi feito por Paulo Carvalho.

Uma resposta to “Ladrões de Bicicleta”

  1. Fabiana Says:

    Bem legal, Paulo! A gente conhece essas obras e até parece que já estão suficientemente difundidas, mas nunca, nunca mesmo é demais lembrar delas.

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